O corpo como um reservatório de mundos, - dos espaços, de modos de existência, de fluxos, de mutações, de transformações. Contrapondo-se ao corpo-ferramenta do dançarino, o Good Boy brinca com a ideia de um corpo-aparato, favorecido por um corpo-instrumento, no qual é erguido e exacerbado por uma certa forma de transgressão; um corpo que revela a escassez social e moral, um corpo que fala vitalidade e doença. Nós não sabemos o que o corpo é capaz. Por que não começar do zero com o corpo, inventar uma nova geografia articular, inventar outra gramática orgânica? Explore sua superfície como um campo de segmentos heterogêneos e independentes, organize as relações entre massas, desenhe prolongamentos no espaço, excrescências e crescimentos. Transfira as funções originais. Repita gestos cotidianos para dar-lhe obstáculos imaginários. Apague as identificações de contornos para um melhor esboço em outros. Manufature um corpo inútil para absorvê-lo em um novo status, abrace uma nova estatura, e quebre a estética do ideal escultural herdada de J.J Winckelmann.


Duração: 45 min

Ficha Técnica: Concepção e interpretação - Alain Buffard. Assistente - Mathieu Doze. Produção - PI:ES. Produção de turnê - Marion Gauvent. Com apoio do DRAC Ile-de-France, Ministére de la Culture Institut français para suas excursões no exterior.

PI:ES recebeu o apoio da Prefeitura da região do Languedoc-Roussillon – Direction Régionale des affaires culturelles in the context of conventionnal company.

Teatro Marco Camarotti (Recife)
04 de novembro| 19h